Estoicismo e a Psicologia

O estoicismo foi uma escola filosófica helenística que se desenvolveu na Grécia Antiga e Roma Antiga, especificamente na Ágora de Atenas por Zenão de Cítio por volta de 300 a.C.. Os estoicos acreditavam que a prática da virtude era suficiente para se alcançar a eudaimonia, que corresponde a um estado de plenitude e felicidade para os gregos. E para atingir a esse estado, a pessoa deveria seguir quatro virtudes na vida cotidiana: sabedoria, coragem, temperança e justiça. Sendo a virtude o único bem necessário para os estoicos, e as coisas externas como: saúde, riqueza e prazer não são boas nem más em si mesmas, apenas “material para que a virtude possa agir sobre elas”. Portanto, as emoções destrutivas se desenvolvem por meio das interpretações que damos aos fatos, como uma força universal maior, em que não temos o poder e o controle sobre os acontecimentos, mas em como nos comportamos diante dos eventos. Outros estoicos que se destacaram nessa filosofia foram: Crisipo, Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio. O estoicismo se expandiu em todo mundo grego e romano até o século III d. C., tendo seu declínio no século IV com a ascensão do cristianismo como religião oficial. A filosofia é a mãe de todas as ciências existentes, sendo a base de muitas ciências contemporâneas, como a psicologia. Não obstante a filosofia estoica influenciou diretamente à psicologia moderna, como a Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC), criada por Albert Ellis (1913 – 2007); sendo a pioneira da chamada “Terapia Cognitivo-Comportamental”, desenvolvida posteriormente por Aaron Beck. As principais ideias que corroboram a influência estoica na TREC são: identificar e substituir crenças disfuncionais, pensar de forma mais racional e buscar bem-estar e saúde emocional mesmo em situações adversas. Em conclusão, podemos afirmar que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), com influência no estoicismo, pode ajudar o paciente a se conectar consigo mesmo, desenvolvendo estratégias com foco na racionalização ao: 1) interpretar os eventos; 2) identificar pensamentos e crenças disfuncionais; 3) entender as emoções e sentimentos para melhor enfrentamento de problemas, de forma mais assertiva e saudável.